sábado, 8 de janeiro de 2011

Papo de Jornalista com Bárbara Zaganelli



Dando sequência a coluna Papo de Jornalista (antes conhecida apenas dentro do Orkut), relembrando os primeiros que participaram, hoje será a vez da repórter Bárbara Zaganelli. Realizada em 31/01/09. A coluna está voltando para ficar, e em breve, entrevistas inéditas, aguardem!

InterTV Clube: Bárbara Zaganelli, em que momento de sua vida você teve a certeza que essa era a profissão a seguir? Alguém a influenciou? 
Bárbara Zaganelli: Queria ser advogada, mas mamãe sempre falava que seria presa por desacato na primeira audiência. Já sabem o motivo, né? Ainda mais com tantas injustiças que a gente vê por aí em inúmeros casos noticiados. Ou não, talvez eu fosse uma boa advogada. Difícil saber. O fato é que mamãe influenciou muito. Ela dizia que eu deveria ser jornalista (a grande paixão da vida dela), pois eu era questionadora, irreverente e tagarela. Tentei Direito, mas o "errado" acabou virando certo na minha vida. O jornalismo virou a grande paixão da minha vida. 


InterTV Clube: Você vem de um histórico de sucesso no jornal impresso. Pensava em um dia estar na TV? Conte pra gente sua trajetória profissional.
Bárbara Zaganelli: A minha vida acadêmica foi muito agitada. Sempre gostei muito de cinema e de outras artes. Como na minha época não tinha estágio no jornal impresso, trabalhei em várias TVs. Sempre com programas alternativos. Fiz alguns curtas e documentários. Logo quando me formei, fui para São Paulo fazer mestrado (lá também trabalhei em algumas TVs) e quando voltei para Vitória, aí sim, entrei no jornal pela primeira vez. Um vício! Sou completamente apaixonada pelo impresso pela oportunidade que ele dá de colocar o conteúdo em primeiro lugar em um tempo muito maior que a televisão. Enfim, foi uma época maravilhosa. Mas tinha um desejo no meu coração bem no fundo de trabalhar sim em TV por vários motivos. A imagem, santa imagem... quantos fatos maravilhosos podemos ver na TV que o jornal tem que explicar?


InterTV Clube: Existiu algum fato que marcou sua carreira, tanto no jornalismo impresso quanto na TV? Em algum momento de sua vida, pensou em desistir?
Bárbara Zaganelli: Muitos momentos marcantes. No jornal impresso os plantões de polícia eram sempre emocionantes. Fiquei PHD em assuntos de tragédia. Todas as matérias de denúncia são inesquecíveis para mim. Tenho um carinho especial por elas pelo trabalho que dá para fazê-las e pela importância obviamente do conteúdo. Vou citar uma que realmente me marcou: "Policiais a serviço do tráfico". Escrevi essa matéria no impresso com Ana Paula Mill. Fantástica!
Como toda mortal já pensei em desistir sim e vi que o jornalismo me persegue. Sério. Um dia pensei em largar mesmo. Toca o celular: "Bárbara, preciso da sua ajuda. Tem uma matéria...". Não tem jeito. rs 



InterTV Clube: Para você, o que é primordial na sua profissão? Qual o papel que o jornalista tem que cumprir perante a sociedade?
Bárbara Zaganelli: O primordial é fazer a matéria com tesão. Isso mesmo! É a melhor palavra do mundo. No jornalismo, ou a pessoa tem, ou não tem. E quando não tem... não adianta. O papel do jornalista é informar seja com matérias de comportamento, denúncia...não importa. A diversidade do conteúdo é fundamental para um jornalismo rico. O que não pode mudar é a maneira de fazer a matéria. É preciso ouvir todos os lados. Realmente tenho uma preocupação muito grande em relação a isso. Temos a obrigação de escutar todos os envolvidos. Mostrar o fato de maneira ética e imparcial.

InterTV Clube: Fiquei sabendo que você presta um serviço social, ajudando ONGs, conte como é essa experiência e como ela influencia sua vida.
Bárbara Zaganelli: Verdade. E isso tem mudado a minha vida. Me sinto mais humana, menos fútil. Vejo como é importante lutar contra a injustiça social. Sair um pouco do nosso mundinho. Não estou nem falando de ajuda financeira não. Afinal, a cada dia percebo que o que mais falta no mundo é amor. Gente, precisamos dar mais amor! Essa é que é a grande verdade. No lugar que frequento, no ES, é tudo muito simples. E o que eles mais pedem é que a gente converse com eles. Um ato simples que não tem custo, mas tem um valor enorme para os velhinhos. Tenho um sonho de um dia poder fazer esse mesmo projeto em Campos. Vamos ver.

Bárbara Zaganelli

InterTV Clube: Você já ganhou alguns prêmios de jornalismo. Conte para todos quais foram eles e o que representam para você.
Bárbara Zaganelli: Dos mais importantes, três me marcaram muito. A matéria especial de domingo no jornal Notícia Agora, no ES, "A difícil escolha pelo aborto", me rendeu o primeiro lugar no Prêmio Capixaba de Jornalismo. Já a série de reportagens que escrevi com Ana Paula Mill, "Policiais a serviço do tráfico", rendeu o segundo lugar no ano seguinte do Prêmio Capixaba de Jornalismo e o primeiro lugar no Prêmio Interno da Rede Gazeta, afiliada da Rede Globo no ES. 

InterTV Clube: Que tipo de matéria você prefere fazer? Existe alguma que tem vontade e ainda não conseguiu?
Bárbara Zaganelli: Gosto de fazer matérias polêmicas, de denúncia. Tenho vontade de fazer várias. Todos os dias tenho uma idéia diferente...e muitas, acabam indo para o ar. 

InterTV Clube: Bárbara, qual é seu sonho profissional? Metas que ainda pretende realizar.
Bárbara Zaganelli: Essa eu não vou responder porque na minha religião o sonho da gente deve ficar muito bem guardado rs. Mas posso adiantar que sou ambiciosa e tenho planos para a minha carreira.

InterTV Clube: Dê sua opinião sobre esse relacionamento estreito com os telespectadores através das comunidades do Orkut.
Bárbara Zaganelli: Acho fantástico! Apesar de não entrar muito no orkut, gosto de receber recadinhos dos telespectadores sim. Quem não gosta né? Leio todos e respondo com muito carinho. 

InterTV Clube: Sabemos que esse não é o foco de um jornalista, porém, antes de encerrar, não posso deixar de perguntar, como reagiu tendo sido apontada, em enquete no ano passado na comunidade, a repórter mais bonita da InterTV?
Bárbara Zaganelli: Achei engraçado porque quem me conhece sabe que o meu "jeitinho" não é nada meigo. Ser a mais bonita não é algo que me deixa extremamente feliz. Queria ser a mais inteligente, posso? rs Brincadeira. Queria agradecer pelo carinho de todos que votaram em mim.

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